O rio é aquele líquido que atravessa os lugares, invadindo-os, penetrando-os. Passa pela estrada, pelos carros, pelas pessoas, pela sua cabeça. E não sai mais de lá. Ele umedece os seus pensamentos com sua cor única e quente: o vermelho.
De onde vem esse rio, que tantos caminhos percorre? Que deixa sua marca no tormento daqueles que o bebem ou somente o veem passar? Sua cor já nos dá a clara resposta para esta pergunta: da morte.
O rio é alimentado todos os dias; fazem questão de nunca vê-lo secar. Os peixes que ali nadam são os da angústia, e as plantas das margens, da tristeza.
Há vários meios para mantê-lo circulando por todos nós. Do gatilho de uma arma ou da lâmina de uma faca, o líquido vermelho escapa.
Os últimos a serem sacrificados por estas correntes impiedosas foram o senhor e a senhora Vasquez. Apareceram em seu caminho, debaixo de um viaduto, homens cujas mentes já haviam transbordado pela corrente de água rubra. A única solução era conseguir mais. O desespero da necessidade doentia. Tudo pelo “santo” rio.
Com seis anos ou sessenta, todos devem saber que esse leito nunca secará. O pequeno Orlando Vasquez, agora órfão, se alimenta das tainhas desse rio. Talvez para lembrar que os peixes, diferente das pessoas queridas daquele fatídico dia, não morrem afogados.
De onde vem esse rio, que tantos caminhos percorre? Que deixa sua marca no tormento daqueles que o bebem ou somente o veem passar? Sua cor já nos dá a clara resposta para esta pergunta: da morte.
O rio é alimentado todos os dias; fazem questão de nunca vê-lo secar. Os peixes que ali nadam são os da angústia, e as plantas das margens, da tristeza.
Há vários meios para mantê-lo circulando por todos nós. Do gatilho de uma arma ou da lâmina de uma faca, o líquido vermelho escapa.
Os últimos a serem sacrificados por estas correntes impiedosas foram o senhor e a senhora Vasquez. Apareceram em seu caminho, debaixo de um viaduto, homens cujas mentes já haviam transbordado pela corrente de água rubra. A única solução era conseguir mais. O desespero da necessidade doentia. Tudo pelo “santo” rio.
Com seis anos ou sessenta, todos devem saber que esse leito nunca secará. O pequeno Orlando Vasquez, agora órfão, se alimenta das tainhas desse rio. Talvez para lembrar que os peixes, diferente das pessoas queridas daquele fatídico dia, não morrem afogados.
A Luiza adora isso
me levou para 'a terceira margem do rio' do Guimarães... simplesmente adorei.